O Mega Drive foi meu principal videogame de dezembro de 1990 até dezembro de 1996. Portanto, tive a oportunidade de conhecer no momento do lançamento, a maior parte dos jogos do console, seja comprando (tenho cerca de 50 jogos), trocando com colegas e - principalmente - alugando. Assim joguei cerca de 600 dos cerca de 1.000 jogos lançados na história do console. Atualmente, com o uso dos emuladores, calculo que já tenha jogado uns 800 jogos. São tantos jogos bons, que sempre que alguém tenta criar uma lista de 10, 29, 30, 50 ou mesmo 100 melhores jogos, comete erros grosseiro, excluindo ótimos jogos e incluindo alguns que apesar de bons nunca poderiam estar em posições privilegiadas do ranking. Criei, então um ranking dos 250 melhores. Mesmo assim, pela grande quantidade de bons jogos, alguns jogos marcantes ficarão de fora...
20° Lugar: Gunstar Heroes (Treasure - 1993)
Tipo: Ação (run and gun)
Fundada por dissidentes da Konami, a Treasure produziu exelentes jogos exclusivos para Mega Drive, dos quais Gunstar Heroes é maior destaque. Com um design tipicamente japonês e grande criatividade de inimigos e fases este é considerado um dos melhore "run and gun" de todos os tempos. A grande velocidade e quantidade de inimigos na tela tirava vantagem da maior velocidade de processamento do MD. Muitos consideram - não sem razão - este game como o melhor run and gun de todos os tempos.
19° Lugar: Sonic 3 & Knuckles (SEGA - 1994)
Na verdade trata-se de dois cartuchos separados. Sonic 3 trouxe muitas novas habilidades para Tails, como a de nadar, a de controlar o vôo e a de levar Sonic no vôo. Sonic ganhou escudos especiais e um novo golpe que o torna quase invulnerável durante o ataque de spin. Outras novidades foram a fase de bônus 3D e acapacidade de gravar jogadas numa bateria do cartucho. Um problema é que Sonic 3 tem muito menos fases que Sonic 2 e isso já demonstrava o desentendimento entre a Sega dos EUA e a matriz japonesa, que divergiam quanto a data de lançamento do jogo. Esse problema foi resolvido com o lançamento - uns seis meses depois - de Sonic & Knuckles, que trazia mais do que um novo personagem. A grande novidade era a tecnologia "lock-on" que permitia conectar dois cartuchos criando versões hack dos jogos. Surgiu assim Sonic 3 & Knuckles, o maior jogo da série e "Knuckles in Sonic 2". Sonic 1 e Spinball serviram apenas para liberar novas etapas da fase de bônus. Pena que a Sega estava entrando em crise e não continuou utilizando a tecnologia lock-on...
18° Lugar: Phantasy Star IV (SEGA - 1994)
Veio com 24 megas para coroar a série de RPG mais clássica da Sega, com gráficos muito superiores ao das outra versões, muitas cut-scenes e tramas mais elaboradas com relações com todos os outros capítulos da série. Um presente para os fãs e o melhor RPG tradicional para Mega Drive e talvez o melhor RPG dos 16 bits.
17° Lugar: Shinobi III - return of the ninja master (SEGA - 1993)
Tipo: Ação (Plataforma).
Sequência de "The Revenge of Shinobi" esse jogo é bastante inspirado em seu antecessor embora não seja tão épico (perdendo em termos de abertura, trilha sonora e cenários). Porém, possui efeitos sonoros e gráficos mais sofisticados e uma jogabilidade muito superior, com uma quantidade de movimentos nunca antes vista num jogo de ação. Aqui consegue rivalizar com Strider no número de movimentos. Conta ainda com duas fases especiais: em uma Musashi luta à cavalo e na outra surfando numa prancha aquática. Por todos estes motivos, muitos consideram esse o melhor jogo de ação de plataforma de todos os tempos - é bem provável que estejam certos.
16° Lugar: Moonwalker (Sega - 1990)
Para apreciarmos as músicas e traillers do "rei do pop", temos que abstrair o bizarro Michael Jackon real e curtir o personagem. E esse personagem que aparece com toda sua força em Moonwalker. Para essa versão a Sega abandonou a visão isométrica e ação initerrupta de seu clássico arcade e investiu num side-scrolling com ênfase em exploração. E a aposta deu certo. Moonwalker é um jogo único. Michael tem uma infinidade de movimentos de dança: encontramos o famoso moonwalk, rodopios, lançamento de chapéu e muitos outros. Além disso, todos os personagens do game tem danças próprias que são acionadas quando o protagonista usa todos os seus poderes e começa a dançar. Todos esses movimentos são justificados por uma espécie de magia, que ao ser totalmente consumida transorma Michael num cara - quase - normal, capaz apenas dar socos e chutes. Outra aspecto interessante do jogo é a possibilidade de transformar Michal num robô capaz de voar, o que acontece sempre que vc entra em contato com o comenta, que aparece uma vez em cada fase. A trilho sonora apresenta os clássicos como Smooth Criminal, Beat it, Another part of me, Billie Jean e Bad. Tudo isso acompanhado dos indefectíveis gritinhos de Michael. Como todo jogo destinado a se tornar um clássico, quando se espera que o jogo já deu tudo, Moonwalker surpreende mais uma vez, apresentando uma incrível batalha espacial no final contra Mr. Big, num estilo simulador em primeira pessoa.
15° Lugar: Samurai Shodown
´Na época de seu lançamento foi considerado superior à versão do snes, mas ambas perdem para o original do NEO.GEO, que possuia um belo efeito zoom - aliás foi considerado o jogo do ano de 1993 pela EGM. A versão para MD não fica muita atrás do original em sons, músicas, gráficos ou jogabilidade. Perdeu o personagem Earthquake e ganhou a possibilidade de jogar com o final boss Amakusa.
14° Lugar: Super Street Fighter II (CAPCOM - 1994)
Para mim essa é a melhor versão de SFII. Tem 4 personagens a mais, cenáros melhores, músicas e efeitos melhorados, apresentação superior, foto dos personagens muito mais bem desenhada, melhor AI e novos golpes para os personagens antigos. Essa coisa de "turbo" e "champion edition" para mim foi só um esboço para esse jogo. Durante mais de 16 anos foi o maior jogo do MD, com 40MB.
13° Lugar: Streets of Rage (SEGA - 1991)
Tipo: Luta (Beat'em up)
Foi resposta da Sega a Final Fight (que mesmo em sua versão capenga do snes, fazia muito sucesso).
Superou o rival (mesmo em sua versão para arcade) em diversos aspectos como jogabilidade, cenários, storyline, abertura e trilha sonora - assinada por Yuzo Koshiro. A história - muito mais sofisticada do que o clássico "regate da namorada" presente em todos os clássicos de luta até o momento como Vigilante, Double Dragon e Final Fight - mostra uma NY dominada pela corrupção, que envolvia o judiciário, a polícia e o prefeito. Os três protagonistas - Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding são e-xpoliciais expulsos da corporação por não sem que estão dispostos a arricar tudo,até mesmo suas vidas para lipara a cidade desde seus becos mais sombrios até os arranha-céus frequentados por "respeitáveis" homens de negócio. Tem muitos elementos marcantes que não estão presentes na segunda versão como os golpes em conjunto, a ajuda da polícia e as duas possibilidades de final. Como a dificuldade pode ser aumentada, subi sua posição no ranking.
Streets of Rage é um daqueles poucos jogos pefeitos em que tudo casa bem e que pode ser jogado milhares de vezes, e que décadas depois ainda será bom.
12° Lugar: Streets of Rage 2 (SEGA - 1992)
Tipo: Luta (Beat'em up)
Dois novos personagens juntam-se a Axel e Blaze: Sammy "Skate Hunter", irmão de Adam, e Max Thunder, lutador de wrestling e amigo de Axel.
Foi o segundo jogo de 16 megas do console e seus gráficos foram revolucionários para época, sendo considerado por muitos o melhor beat'em up de todos os tempos.
Outros pontos altos são a grande quantidade de golpes, combate com os chefes, a exelente jogabilidade e a trilha sonora de Yuzo Koshiro. Assim como o primeiro SOR foi uma resposta da Sega à Final Fight, SOR 2 foi a resposta imediata ao sucesso de SF II, mesmo sendo um beat'em up. Com os mesmos 16 megas do rival e cheio de movimentos especiais, SOR 2 investiu pesado nos chefes de fase, alguns deles com elementos de vários personagens de SF II - embora tivessem personalidade própria: Zanza (Blanka e Vega), R. Bear (Balrog, E. Honda e Sagat).
O único ponto fraco - e que baixou a nota final do jogo - é a baixa dificuldade, problema que é resolvido com um truque para liberar o modo "mania".
Este ano um grupo de espanhóis lancou um remake da série SOR, após 8 anos de trabalho. O jogo beira a perfeicao e é uma bela homenagem, Porém a Sega ß que devia ter mudado o nome para Cega desde 1995 e que fay nada com a séria há quase 20 anos - fez com que tirassem o link para o jogo do site!
11° Lugar: Pit Fighter (Tengen - 1991)
Muitos não vão concordar com a pontuação que dei para Pit Fighter - se é que muitos vão ler ees post. Esse jogo vem sendo muito difamado na internet. Algo totalmente diferente do que aconteceu na época de seu lançamente, quando era considerado o melhor jogo de luta existente e todos babavam. Acho que isso ocorreu por causa da versão da péssima versão do snes (que saiu com grande atraso diga-se de passagem). Um outro fator pode ter sido a chegada de Street Fighter 2 para snes em menos de 1 ano depois do lançamento deste jogo. O estilo estravagante de street fighter ganhou a preferência dos jogadores. É inquestionável que SF2 tem ótima jogabilidade e que foi um jogo paradigmático, mas ainda sim considero que Pit Fighter foi o jogo de luta mais realista por cerca de 10 anos até a chegada dos jogos do UFC das últimas duas gerações de videogame.
O Jogo foi um dos primeiros a usar imagens digitalizadas, um dos primeiros a permitir mais de dois jogadores, um dos primeiros a usar efeito zoom , recordista em vozes digitalizadas para a época e um dos recordistas em número de golpes na era dos 16 bits. Em 1990/91 não havia nenhum jogo que se equiparasse a ele nos fliperamas. E a versão para Mega Drive tem tudo o que tem o original (fora o efeito zoom e o terceiro jogador simultâneo).
Tenho o jogo oficial do genesis - já que nunca foi lançado pela Tectoy - ejoguei muito. A variedade de golpes é imensa a ponto de muitos não conhecerem diversos golpes como o “A+C+Baixo” entre os dois advesários. Um outro movimento bem interessante é o “braço de ferro”, que ocorre quando os dois jogadores pressionam “A+B+C” quando estão próximos. Já o último chefe -Masked Warrior- é uma atração à parter: possui um golpe mortal em que parte a traquéia do adversário.
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